terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Novos fármacos contra leucemia

Investigação pode abrir portas para uma nova família de medicamentos contra o cancro

Uma nova molécula de laboratório pode ajudar a combater a leucemia. Apesar de os cientistas conhecerem bastante bem o papel da proteína mTOR (responsável por grande parte dos tumores), os fármacos desenvolvidos para a bloquear dificultam o funcionamento do sistema imunitário.

Segundo uma investigação publicada na Nature Medicine, a nova substância anti-tumoral foi testada com êxito em ratos e em linhagens celulares. No entanto ainda é cedo para saber se o potencial é semelhante em humanos.

Como explica o estudo, de David Fruman e equipa, da Universidade da Califórnia e do Centro de Cancro de Anderson em Houston, os resultados do novo inibidor de mTOR superou − pelo menos em laboratório − muitos fármacos utilizados actualmente para combater a leucemia, como o dasatinib (Sprycel) ou a rapamicina (Sirolimus).

Para surpresa dos investigadores, o novo composto, baptizado como PP242, mostrou muito menos efeitos secundários nos leucócitos: um dos principais problemas que interferiam na utilização dos inibidores de mTOR como anti-tumurais.

“Esta proteína interfere numa série de funções fisiológicas essenciais, o que dificultou um perfil farmacológico óptimo para conseguir um fármaco eficaz contra as células tumorais”, explicam os investigadores.

O novo composto tem ainda capacidade para reforçar a acção de outra família de fármacos contra o cancro como o como imatinib (Glivec) e o dasatinib.

Apesar da apetência para travar a proliferação de células de leucemia linfoblástica, os autores reconhecem que ainda é necessário esperar para ver se é seguro e eficaz usar esta molécula em pacientes.

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