sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Vacina da gripe A (H1N1) causa 18 reacções graves

Dezoito pessoas tiveram reacções adversas graves depois de serem vacinadas contra a gripe A. Outras 42 tiveram reacções ligeiras. Os casos foram notificados até 25 de Novembro para a Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed).

Além das duas mortes fetais – cuja relação com a vacina é improvável, segundo a autoridade de saúde europeia – registaram-se duas hospitalizações e algumas pessoas ficaram incapacitadas temporariamente. Este é o balanço do primeiro mês da vacinação feito ontem pelo presidente do Infarmed, Vasco Maria.

Segundo o Infarmed, houve casos de mialgias, febre, reacções no local da administração, náuseas e vómitos. Vasco Maria alerta por isso para o desconhecimento dos efeitos dos medicamentos: “Por vezes, as reacções adversas surgem anos após estarem no mercado.”

Portugal já recebeu 214 mil doses de vacinas mas só foram vacinadas 96 mil pessoas no Continente, de acordo com Graça Freitas, subdirectora-geral da Saúde.

A responsável não receia “que sobrem vacinas” porque mais pessoas serão vacinadas após esgotados os grupos prioritários.

Num universo de 60 mil grávidas nos 2º e 3º trimestres de gestação, foram vacinadas apenas 5 mil, o que corresponde a uma taxa de vacinação de 8,3 por cento. Graça Freitas afirma que “as grávidas tinham indicação do médico para a vacina, mas não apareceram nos centros de saúde por medo”.

Farmácias devem aceitar devoluções de Ben-u-ron e trocá-los gratuitamente

A empresa responsável pela comercialização do Ben-u-ron esclareceu hoje que as farmácias devem aceitar todas as devoluções dos medicamentos com problemas de qualidade e entregar gratuitamente ao utente uma embalagem do mesmo produto.

A Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) ordenou terça-feira a suspensão da venda no mercado nacional de vários lotes do medicamento Ben-u-ron xarope, indicado para aliviar a dor e diminuir a febre, depois de ter sido detectada "uma alteração na tonalidade da cor" do medicamento.

O presidente do Infarmed disse hoje, à margem do balanço do primeiro mês de vacinação contra a gripe A, que este organismo recebeu vários pedidos de informação sobre a recolha do medicamento nas farmácias, uma vez que houve pessoas que tiveram de pagar pela embalagem nova.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Uso indevido de antibióticos prevalece no Sul da Europa

O uso demasiado frequente e indevido dos antibióticos para infecções virais é uma tendência característica dos países do Sul da Europa, o que justifica a maior prevalência de bactérias resistentes aos medicamentos nesta região.

Segundo o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC), Portugal ocupa o sexto lugar na lista dos países que mais consomem antibióticos nestas condições. Por sua vez. Grécia e o Chipre ocupam os lugares cimeiros.

Este organismo da União Europeia (UE) refere que o uso indevido de antibióticos deve-se essencialmente à pressão dos pais sobre os médicos para receitarem estes medicamentos aos filhos e à possibilidade dos antibióticos serem comprados nas farmácias sem receita médica, algo ilegal em vários países.

Os especialistas do ECDC lembram que gripes e constipações não implicam, necessariamente, tratamento com antibióticos e sublinham que a resistência a estes medicamentos, que resulta do uso indevido, impossibilita certos métodos, como transplantes, quimioterapia e tratamento de infecções nos cuidados intensivos.

A resistência aos medicamentos contra as seis bactérias mais comuns e dos quatro tipos principais de infecção culmina na morte de 25 mil pessoas por ano na UE, Islândia e Noruega.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Portugueses estão mais responsáveis

Os portugueses têm uma atitude cada vez mais responsável no uso que fazem dos medicamentos, embora ainda pratiquem erros, nomeadamente os mais idosos, afirma o especialista em consumo Mário Beja Santos.


O especialista, que lançou o livro "Quem mexeu no meu comprimido?" no dia 3 de Novembro de 2009, começou por explicar que a obra "não comporta qualquer originalidade científica".


Ao longo de 260 páginas, o assessor principal da Direcção-Geral do Consumidor apresenta "noções elementares sobre o medicamento, tanto a doentes crónicos como aos utentes da farmácia".


Para mais informações sobre este livro visite:




Vendas de Tamiflu cresceram 362% em 2009

A Roche, laboratório que produz o antiviral, facturou 1,3 mil milhões de euros este ano só com este medicamento.

A pandemia da gripe A está a ajudar os cofres das farmacêuticas produtoras de medicamentos que ajudam a combater a doença. Só as vendas do antiviral Tamiflu, fabricado pela Roche, cresceram 362% no primeiro semestre de 2009 em comparação com o mesmo período do ano passado. Entre Janeiro e Setembro deste ano, o grupo farmacêutico suíço facturou cerca de dois mil milhões de francos suíços só com este medicamento, o equivalente a 1,3 mil milhões de euros. E a expectativa é para que as vendas de Tamiflu cheguem aos 2,7 mil milhões de francos suíços (1,7 mil milhões de euros) no final de 2009.
As vendas de Tamiflu começaram a crescer com os primeiros casos de gripe aviária (H5N1) em 2003, mas intensificaram-se este ano quando se confirmaram os primeiros casos de gripe A (H1N1) no México e nos Estados Unidos.