terça-feira, 27 de abril de 2010

Medicamentos inovadores demoram 540 dias a chegar

Indústria farmacêutica encomendou estudo que mostra como o Estado não consegue cumprir prazos legais de avaliação

O Estado demora 540 dias entre a recepção de um pedido para financiar um novo medicamento hospitalar e a decisão sobre o valor.

Um estudo da consultora Exigo, encomendado pela Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica, a que a Lusa teve acesso, mostra que a probabilidade de o financiamento público cumprir prazos legais para novos medicamentos "é muito reduzida". O estudo, apresentado ontem à tarde, no Parlamento, mostra também que a maioria dos pedidos dos laboratórios feitos em 2007 ainda não teve decisão.

No documento revelam-se as "dificuldades de acessibilidade aos medicamentos com novas moléculas", que são "particularmente visíveis nos medicamentos para utilização hospitalar, oncológicos e órfãos".

Para o coordenador do estudo, Jorge Félix, é preciso perceber a origem dos atrasos: ou os prazos da lei são "excessivamente ambiciosos" ou a estrutura responsável (Infarmed) pela avaliação dos processos não tem capacidade para dar respostas mais rápidas.

No levantamento feito junto dos laboratórios concluiu-se que a probabilidade de a decisão de financiamento respeitar os prazos legais é inferior a 13% nos medicamentos hospitalares e a 8% nos medicamentos para as farmácias. Em menos de metade da amostra (46%) verificou-se financiamento público e o tempo mediano até à decisão foi de 437 dias.

A mediana do pedido até à decisão é de 540 dias nos remédios hospitalares e de 301 nos das farmácias. Já nas novas formas farmacêuticas e/ou dosagens, o tempo mediano até ao financiamento é de 223 dias e de 472 nos medicamentos com novas moléculas.

Entrega dos medicamentos recolhidos

Já entregámos os medicamentos recolhidos na Farmácia Almeida Gonçalves para serem reciclados.






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terça-feira, 13 de abril de 2010

Ruptura de stocks de medicamentos vai ser investigada

Ministério Público vai investigar indícios de ilegalidades na exportação de medicamentos.

O Ministério Público (MP) ordenou investigações em Almada, Barreiro, Vila Real e Lisboa devido a indícios de ilegalidades na exportação de medicamentos, revelou hoje a Procuradoria-Geral da República (PGR).

Foram enviados seis processos sobre indícios de ilegalidades na exportação de medicamentos para o MP, disse Vasco Maria, presidente do Infarmed - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, à Lusa.

«As participações enviadas pelo Infarmed ao Ministério Público deram lugar à instauração de inquéritos, em Almada, Barreiro, Vila Real e DIAP de Lisboa [Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa]», confirmou a PGR.

As queixas relacionam-se com a ruptura de stock de alguns medicamentos, que «estarão a faltar no mercado português por serem exportados». Explicou Vasco Maria na Comissão Parlamentar de Saúde.

«Essa pode ser a razão da falta de medicamentos no nosso mercado. É legal, mas não é legal que se prejudique os direitos dos doentes portugueses», acrescentou o presidente do Infarmed.

Medicamento genérico para enxaquecas suspenso

Tribunal interpõe providência cautelar sobre o Zolmitriptano Generis por alegada violação de patente comercial.


O Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa suspendeu a autorização de introdução no mercado dos medicamentos Zolmitriptano Generis, utilizados em crises de enxaqueca, devido a alegada violação de patente comercial.

«Por decisão do Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa, no âmbito de procedimento cautelar relacionado com questões de propriedade industrial, encontra-se provisoriamente suspensa a eficácia das autorizações de introdução no mercado dos medicamentos» Zolmitriptano Generis, refere o Infarmed no site oficial.

A Autoridade Nacional de Medicamento (Infarmed) atribuiu a autorização de introdução no mercado (AIM) destes medicamentos genéricos a 8 de Setembro de 2009, mas ainda não estavam a ser comercializados, nem tinham o preço atribuído.

O processo foi interposto pela multinacional farmacêutica AstraZeneca, que desenvolveu o medicamento de marca, que tem o preço de 48,08 euros (seis unidades) e 26,86 euros (três unidades). O preço do genérico é, pelo menos, 35 por cento mais barato do que o medicamento de marca.

Curiosamente, existem mais três medicamentos genéricos (Actavis, Ciclum e Teva) com esta substância activa, o zolmitriptano, mas a providência cautelar apenas foi interposta sobre o Generis.

A autorização de introdução no mercado é atribuída pelo Infarmed, a quem cabe avaliar a segurança, eficácia e qualidade do medicamento, mas o preço é atribuído pela Direcção Geral das Actividades Económicas (DGAE), a funcionar no âmbito do Ministério da Economia e Inovação.

O Infarmed, Ministério da Economia e empresas de genéricos são alvo de dezenas de processos judiciais interpostos por laboratórios farmacêuticos que alegam a violação de patentes e consequente venda ilegal de genéricos.

Início do 3º Período

Estamos de volta!

Neste 3º Período vamos proceder à elaboração dos nossos medicamentos com os respectivos rótulos, embalagens e folhetos informativos.

Visitem o nosso blog frequentemente para acompanharem o nosso projecto.