O uso demasiado frequente e indevido dos antibióticos para infecções virais é uma tendência característica dos países do Sul da Europa, o que justifica a maior prevalência de bactérias resistentes aos medicamentos nesta região.
Segundo o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC), Portugal ocupa o sexto lugar na lista dos países que mais consomem antibióticos nestas condições. Por sua vez. Grécia e o Chipre ocupam os lugares cimeiros.
Este organismo da União Europeia (UE) refere que o uso indevido de antibióticos deve-se essencialmente à pressão dos pais sobre os médicos para receitarem estes medicamentos aos filhos e à possibilidade dos antibióticos serem comprados nas farmácias sem receita médica, algo ilegal em vários países.
Os especialistas do ECDC lembram que gripes e constipações não implicam, necessariamente, tratamento com antibióticos e sublinham que a resistência a estes medicamentos, que resulta do uso indevido, impossibilita certos métodos, como transplantes, quimioterapia e tratamento de infecções nos cuidados intensivos.
A resistência aos medicamentos contra as seis bactérias mais comuns e dos quatro tipos principais de infecção culmina na morte de 25 mil pessoas por ano na UE, Islândia e Noruega.
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